Depois do meu post do 5 de Outubro, e depois de ter lido os comentários. Pensei e repensei nas histórias que poderia ou não contar. Não vá algum anónimo dizer que isto são novelas das 9h ou mexicanas...
Quem já leu este blogue com atenção, sabe na perfeição que já passaram 19 anos que eu saí do "armário" para mim e apenas para mim...
Há 19 anos atrás em Lisboa, apenas existiam estes locais Gays: Trumps; Brick à bar, hoje denominado por Constrution e Finalmente. Para as mulheres, o Memorial, La Calle e a Catedral. Por fim havia o Frágil que era mais gay-friendly...
Depois havia a estação de Belém e a Cidade Universitária como local de engate...
Na internet só havia o "Mirc", algo que comparado com o que existe nos dias de hoje, é da idade da pedra...
Há 19 anos atrás, as pessoas mais velhas preocupavam-se com os mais novos. No Sentido das doenças, das "pancadas" de certos gajos...
A primeira história de Amor que eu ouvi, foi de alguém que trabalhava em televisão. Esse alguém morava algures na Margem Sul. Ali, para os lados da Serra da Arrábida. E, que ia todas as noites ter com o seu amado à Amadora. Quando esse amor acabou... Essa pessoa entrou num estado de depressão...
Um amigo dessa pessoa, que por acaso também trabalhava em televisão é que ia ao Trumps, convidar pessoal para ir a casa dessa pessoa à Margem Sul.
Um dia estava no Trumps com um rapaz que me disse que eu tinha sido o rapaz mais novo convidado para ir lá a casa... Eu estava com 23 anos...
No parque Eduardo sétimo havia um gajo com muito bom aspecto, que também trabalhava em televisão. A "pancada" deste senhor era levar gajos para uma praia deserta, ir foder para a berma de uma auto-estrada, para uma mata qualquer... Depois da queca, saiam cá para fora fumar um cigarro. Depois colocava-se em fuga e deixada o outro sozinho onde tivesse sido a queca. Não havia telemóveis...
Também no parque Eduardo sétimo, quem não se lembra de um gajo muito giro. Também ligado à televisão e que andava num fiat panda preto?! LOLOLOLOLOLOLOLOL
Um tipo fixe...
Uma noite tinha saído com um gajo que tinha uma irmã lésbica e fomos ter com elas a um Bar. Ali parava, um grupo de 31 mulheres. Homens não entram. Tipo "clube da Mónica". Pois! Quando elas bebiam mais um copo. Lá saía um nome ou outro mais sonante da nossa praça. Quem não sabe qual o Casal Lésbico mais famoso de Lisboa. Onde a que tinha um ar de santinha. Dava porrada na namorada, que a enviava para o Hospital quase dia sim, dia sim...
Pois é! E, aquele casal Gay que vivem há mais de 20 anos?! Ambos são casados, ambos tem filhos e netos. Ambos tem cores partidárias diferentes,; e onde um deles(o Activo) segundo consta é homofóbico e que continua a ser contra o Casamento Gay?! E, esta hein?!
Uma noite troquei uns beijos com um moço com muita boa aparência. Onde?! Pouco importa. O Rapaz era de muito boas famílias. O Rapaz tinha namorada também de famílias ricas. Um dia recebi a visita da mãe do rapaz na minha faculdade a informar para eu me afastar do filho. Poderia vir a ter problemas um dia...
Anos mais tarde, cruzei-me com a dita senhora no El Corte Inglés. Estava sentada sozinha numa mesa. Sentei-me na mesa ao lado, pedi um bolo e uma coca-cola.
Dirigi-me para o empregado e disse: - Quanto!? 5 euros?! Sabe quantas pessoas já morreram por mil escudos?
A senhora olhou para mim e escorreram lágrimas. O Filho daquela Senhora tinha sido assassinado por mil escudos, quando uma noite foi com um prostituto. Lisboa é um ovo...
E, aquela história também de um homem muito rico. Que tinha vergonha de ter um filho gay. Obrigou-o a casar com a sua amante?! Como diria alguém e bem: "Um Must..."
Como eu referi muitos gays mentiam na altura. Muitos diziam ser médicos e advogados. Depois encontrei-os atrás de lojas de roupa e cabeleireiros... Apenas digo que estas coisas só acontecem em telenovelas. Jamais em Vidas Reais...
8 comentários:
O que se aprende contigo, Francisco... És um poço de informação.
Thanks for sharing.
Abraço amigo.
Pedro,
É o que a vida nos ensina :)
Abraço e um excelente Domingo
Eu também sei de muitas histórias, mas acho que não devo referi-las.
Mas se um dia uma qualquer pessoa pública (político ou não) usar de atitudes homofóbicas, serei o primeiro a denunciá-lo.
João Roque,
Imagino que sim. Quase que aposto que sabes tu e uma grande parte de Lisboa, a quem pertence cada uma destas histórias narradas aqui :) e quantas outras mais haverão????!!!
Abraço amigo e uma vez mais obrigado por mencionares este canto no teu blogue :)
Realmente és um poço de informação, como diz o Pedro. Nunca tinha ouvido nenhuma das histórias que referes, nem faço a mínima ideia quem são as pessoas visadas.
Um Coelho,
Marca lá um encontro, que podemos fazer uma caturreira com isso :)
Abraço amigo
Amigo Francisco, vim aqui por acaso e adorei o que contas-te mais, tiveste a dignidade de não divulgar nomes. Parabens. Eu sou um pouco mais velho e não só seis dessas histórias verdadeiras como andei metido nelas. Nunca tive problemas porque os meus gostos são um pouco diferentes. Hoje não frequento o Parque porque porque me mete nojo o que por lá se passa. Prefiro receber os meus amigos em minha casa. Hoje durante a noite quando me dá o amoque conto histórias no meu blogue "Histórias & Histrietas Eróticas" onde me identifico sem medos e dou o nome e as ocasiões pelos nomes. Já não me meto com os tipos da politica, das televisões ou do teatro e das cantigas mas vou para a cama com os filhos deles que saõ muito mais saborosos. Alguns casaram como eu mas gostar de uma queca nunca se deixa de gostar, é como o fumar só que as quecas não fazem mal. Um abraço e se tiveres pachora dá-me uma visitinha e vais ver como uma relação entre homens é mesmo bom. Um abraço deste que se calahr já nos encontramos algures no tempo.
Nelson Camacho
Desculpa, só agora vi o teu comentário
irei procurar o teu canto, espero que ainda exista :)
Abraço amigo
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