10 janeiro 2012

Dona Fernanda - Kelly Clarkson "Because of you"



A Dona Fernanda é uma senhora dos seus 86 anos. Uma senhora sempre sorridente, apesar de ter 5 filhos, não sei quantos netos(nem ela sabe)...
A Dona Fernanda foi uma senhora que nasceu nas Beiras. Aos 16 anos foi prometida a um homem mais velho, com quem casou e teve cinco filhos.

Em Moçambique tinha uma boa vida, pois tinha uma casa enorme com não sei quantos quartos e não sei quantos empregados. Ela sabia fazer muito bem o croché e que mantém até aos dias de hoje, essa sabedoria.

Após o 25 de Abril, e com a Independência do país, regressou a Portugal apenas com a roupa que trazia no corpo e os seus cinco filhos. Para trás, ficou o marido, os criados, os diamantes e dinheiro ao fundo da fazenda. Mesmo por baixo de uma árvore, pode ser visto um "sinal" de uma cruz, feita por dois ramos da árvore(já viram os anos que passaram?)...

Em Portugal, vivia num T1, com os seus cinco filhos. O marido nunca mais o viu. À medida que os filhos iam casando, saíam de casa e não voltavam mais...

A senhora trabalhava como modista, e agora a única pessoa que a visita duas a três vezes por ano, é uma antiga funcionária...

8 comentários:

João Roque disse...

A tristeza de ir ficando só...
mais que a velhice, é disso que tenho medo, disso e da dependência...

Francisco disse...

Amigo Pinguim,

A dependência é que me assusta a sério, solidão é relativa...

Como diz a senhora sempre bem disposta: "Não custa viver, custa é saber viver..."

Forte Abraço

Unknown disse...

Concordo contigo xico. A dependência mete-me medo e não tanto o envelhecer. Espero tornar-me num velho espevitado

Francisco disse...

Que termo tão carinhoso XICO!!! :P

Se não fosses comprometido, eu acompanhava-te na velhice lolololol

Abraço

um coelho disse...

É engraçado como as pessoas ganham essa crençam que esses sinais (como o da cruz feita com ramos de árvores) ainda se lá mantém ao fim de todos estes anos.

Ribatejano disse...

Sou como o pinguim. Não interessa se chego ou não a velho, o pior é dar trabalho, ficar dependente dos outros... até para me lavarem o rabo.

Francisco disse...

Um coelho,

bem verdade ;)

Abraço

Francisco disse...

Ribatejano,

Bem verdade, também partilho dessa vossa opinião :)

Abraço