No sofá com o António - Sarah McLachlan "Angel"

Quando o António surgiu à minha frente estava um caco. Nunca tinha visto alguém com um ar tão triste, abatido, longe da realidade, mais uns quantos adjectivos que poderiam qualificar aquele momento, em que ele se aproximou de mim, abraçou-me e limitou-se a chorar no meu ombro do lado esquerdo.

Quando ele saiu do banho, já estava a comida chinesa em cima da mesa. Comemos em silêncio, quando reparo que escorriam lágrimas pelo seu rosto abaixo. Aproximei-me dele, sentei-me no sofá, e dei a entender que ele se poderia deitar ao meu colo. Enquanto eu lhe mexia no cabelo. Que cabelo espectacular que este moço tem...
Limitei-me a estar calado, simplesmente ouvia o que ele me queria dizer. Nunca questionei nada. Limitei-me a deixá-lo chorar todas as suas dores, e que dores...

O António nasceu num seio familiar humilde. A mãe foi porteira no prédio onde viviam e empregada a dias. O pai trabalhava na construção civil.

Em mil novecentos e qualquer coisa, os condónimos do prédio colocam uma acção de despejo contra a porteira, ou seja, a mãe do moço. A mãe era sindicalizada no sindicato dos porteiros.

O Prédio alegou que os pais do António "usurparam" o sotão. Que eram pessoas não gratas. Por outro lado, o pai do antónio apresentou um papel com todas as assinaturas de todos os condónimos e alguns comentários que alguns fizeram.

O Objectivo do prédio, era reduzir o tamanho da casa, para que a familia do António fosse despejada. E, conseguiram porque o TRIBUNAL decicidiu que o documento não estava com reconhecimento de assinaturas.
Um Promenor: Este "acordo" foi assinado em 1976. Quem se lembra destes tempos?
(A minha familia passou por uma situação idêntica, mas foi com pinheiros a favor de uma estrada decidida pela junta de freguesia). LOL
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Enquanto o "pau vai e volta, folgam as costas"(Já dizia a minha avó). Como a acção de execução nunca mais surgia, os condónimos do referido prédio e com a autorização da Câmara Municipal, abriram uma porta que desse acesso ao sotão. Moral da história, a casa do António, passou a ser "frequentada" pelos vizinhos. Violação da privacidade!!! Que é isso???
Existe em Portugal? Quem o afirmar, não deve estar a falar do mesmo país.
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(Não se esqueçam deste parágrafo)Quando surge a acção de execução para que a familia do António entregue o referido sotão. Na data estabelecida, a familia do António entrega de boa vontade o dito sotão e este processo acabou aqui. O melhor está para chegar...
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A mãe do António faleceu duas semanas depois. Para alguns, a mãe do António já estava de "partida" e queria "partir" em PAZ...
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Os condónimos colocam uma acção de despejo a sério, onde afirmam que a familia do António não é arrendatária. Mas sim que a senhora é porteira e que tinha "casa de função".
A familia do António afirma e prova: Que entra em 1974 naquela habitação. Recibos??? Nesta altura existem recibos de renda? Tem a prova do papel assinado e datado de 1976. Os primeiros descontos feito pelo prédio em nome da mãe do António, que aparecem na segurança social, datam de 1981 Alguém pode ter dúvidas?
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Algum tempo depois surge uma queixa de uma vizinha. Ela afirma que o António disse alto e a bom som que esta senhora de boa reputação tinha um amante.
Testemunhas apresentadas: 4 vizinhas do mesmo prédio, onde uma delas afirmou que o António lhe tinha ligado a dizer que a dita vizinha tinha um amante.
Creio que não precisamos de ter um CSI para questionar:
- A que horas foi esse telefonema;
- O propósito do mesmo;
- O dia;
Se alguém vos telefona-se a dar uma "bomba" destas, voces não diriam isto sem qualquer esitação? Pois a senhora nem esitou, como nem tão pouco foi questionada mais.
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Duas semanas depois, o António teve que ir novamente à policia porque outra vizinha e testemunha do processo de cima. A vizinha afirma que no dia do fecho do sotão(paragrafo importante de cima), o António chamou-lhe PUTA.
O António pergunta como isto é possível? Se nesse dia: Estavam lá dois oficiais do Tribunal, dois policias e um membro de cada condónimo. Não houve nenhum registo por parte da policia ou pelos oficiais de justiça.
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FACTOS:
O António vai a tribunal em Fevereiro de 2010. O Tribunal dá como PROVADO os factos apresentados pelas vizinhas do António, e que o telefonema é o facto mais relevante. (Isto é grave) e condena o António(já falei de quanto o António terá que pagar às vizinhas).

O António volta a tribunal em Março de 2010. O Tribunal dá como provado os factos apresentados pelas vizinhas, mesmo com a recusa dos oficiais de justiça e dos dois policias. Todos não se lembram do que aconteceu nesse dia.
Mais grave Duas testemunhas são marido e mulher e apresentaram versões diferentes dos factos.
O António voltou a ser condenado...

O António em Abril de 2010, volta a Tribunal por causa do processo de despejo. O Tribunal dá razão ao prédio porque aceita o documento da segurança social...

Cúmulo dos Cúmulos
No processo da primeira vizinha, esta no decorrer da audiência: A senhora difamou o António, chamou-lhe ladrão, paneleiro, etc etc. O António recebeu há uns dias atrás uma carta do dito Tribunal, onde se lê que o processo foi ARQUIVADO POR FALTA DE PROVAS.

Se alguém não acreditar e quiser ler com os seus próprios olhos, basta ir ao Tribunal do concelho onde em tempos houve uma polémica de dinheiros na Suiça, na conta de um sobrinho que era taxista. Creio que todos sabem quem é o António, ou eu posso fornecer os números dos processos. O António passou procuração à minha amiga que é advogada...
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Agora vamos ao Tiago.

O António quando conheceu o Tiago, foi um amor à primeira vista. O Tiago estava numa relação com um namoro"aberto" e o António tinha namorado. Estavam bem um para o outro...

No ínicio foi um amor, onde cada um: "com uma mão dou e com a outra, tiro..."

Quando decidiram "juntar os trapos", ou seja, irem viver juntos. Houve uma adaptação com algumas regras. Existia a continua a existir a Margarida, que ao inicio fez a vida "lixada" ao António. Aos poucos lá se foram adaptando um ao outro(já fiz um post, onde para mim a Margarida era filha do António e não do Tiago).

Nestes últimos tempos, já dizia a minha avó: "Quem está no convento, é que sabe o que passa lá dentro".
O Tiago e o António já não faziam amor. O António descobriu no facebook(não sei ainda como) uma conversa do Tiago com um gajo. Muita conversa e troca de números de telemóveis.
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Na famosa noite, o Tiago estava a fazer o jantar. Também já fiz um post de como o gajo cozinha muito bem. O Tiago enquanto está a fazer o jantar, está ao telefone com alguém que o António não sabe dizer quem é.
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O António está na sala, ele está no computador a fazer slides em powerpoint, para uma formação que vai ter que apresentar. O moço precisa de concentração...;
- A Margarida está na sala e começa a fazer uma birra daquelas...;
- Primeiro começa a aumentar o som da televisão;
- Depois, vai ter com o António, dá-lhe um beijinho e desliga o computador...;
- O António faz uma cara feia, e ela começa a rir-se e desliga-lhe o computador mais umas quantas vezes;
- O jantar é servido e o Tiago recebe mais um ou dois sms. A Margarida pergunta quem é? O Tiago diz que são lembretes;
- Depois do jantar, voltam todos para a sala;
- O António volta para o computador, a Margarida desliga o computador e o Tiago nada diz;
- O Tiago sai da sala, para ir para a varanda para atender outro telefonema;
- A Margarida desliga de novo o computador;
- O António "passa-se", vai ter com ela e dá-lhe uma palmada no rabo;
- A Margarida começa a chorar e a dizer que odeia o António;
- O Tiago surge na sala e dá um murro ao António;
- O Tiago diz que o António tem 15 minutos para sair daquela casa;
- O António sai de casa com duas malas na mão e vai dormir para o IBIS.

BlogLiker, tentei não fazer TO BE CONTINUED