13 janeiro 2011

Ainda há... - Nucha "Sempre, há sempre alguém"

Nestes últimos dias, tinha reparado num cachorro. O cachorro é lindo, tem várias cores. Branco, preto e castanho. O cachorro deve ter uma mistura de raças, qualquer coisa como serra da estrela, perdigueiro e pastor alemão. Tem o risco nos olhos como os antigos egipcios. Uma beleza de cão, mesmo giro o animal.

Como eu vivo num T1 e sózinho. Nunca fui apologista de ter animais que dependam muito da minha pessoa. Já tive peixes de água fria, morreram todos. Já tive caturras, canários e piriquitos e todos morreram. Já tive chinchilas e um esquilo que acabaram por morrer passado oito meses. Na loja, disseram-me que os animais durariam uns valentes anos. Qual ano? Meses e mesmo assim...

Tive um gato, que depressa enviei-o de volta ao dono. O passatempo do animal, era correr pelo corredor e ir para cima dos cortinados, sofás, móveis, jarras...
Dizem que os gatos não partem nada, este deveria ser o desastre na honra do gatos. Onde o gato colocava as patas, saía estrago na hora...
A melhor opção foi devolvê-lo e hoje creio que o gato é mais feliz, porque na casa onde está, tem sempre companhia durante as 24 horas do dia.

Os cachorros, nunca me despertaram um grande interesse. Como eu fui mordido em pequeno por um pastor alemão. Quando vejo um cão, eu mudo de passeio literalmente. Nada de confianças e de amizades...
Todas as pessoas que me rodeiam, sempre me incentivaram a ter um cachorro por dois motivos:
A) perder este medo(fobia) de cães;
B)Ter uma companhia, quando chegasse a casa.

Para mim, os cães são animais super dependentes do dono. Quer seja para comer, ir à rua, passear, andar por casa. São óptimos animais de companhia. Admito que sim, mas é na casa dos outros...

Não sou assim tão insensível. OK!

Há dois anos atrás, estava eu ao pé do Colombo. Vi um cão a ser atropelado. O dono era um miudo dos seus 13/14 anos. O condutor bateu no cão e fugiu. Creio que o cachorro, não morreu por muita sorte. Eu acompanhei o jovem ao veternário. Paguei todo o tratamento, porque apercebi-me que o miudo não era de uma familia com posses para suportar aquele tratamento. Despedi-me do miudo nesse dia com um aperto de mão. Até hoje, não me recordo de ter alguma vez recebido um sorriso de agradecimento, como o sorriso daquele jovem.

Voltando ao cachoro da minha rua. Hoje de manhã, reparei no cachorro à beira de um caixote do lixo à procura de comida. Pensei para comigo: - "Se logo, quando regressar, estiveres por aqui. Levo-te para casa..."

Há pouco estava na cozinha a fazer o jantar. Começei a ouvir um cão a ladrar. Lembrei-me do cachorro. Confesso que já nem me lembrava dele. Fui a correr à varanda.
Qual o meu espanto! O cachorro, não estava na rua, mas sim à varanda do prédio em frente. Deliciei-me a vê-lo ali a ladrar para a rua, para os carros, para as pessoas, como se estivesse a dizer: - "Já arranjei uma casa e agora sou feliz..."

Poucos minutos depois, aparece um miudo aos gritos, que não deve ter mais do que seis ou sete anos. O miudo diz:

Miudo: - "Kiko, pára de fazer barulho, já é tarde!"

Os dois desaparecem para dentro de casa. As persianas descem e eu faço um dos meus maiores sorrisos. Esta noite, vou dormir mais feliz...

2 comentários:

João Roque disse...

Safaste-te de boa!!!!

Francisco disse...

Olá Pinguim, safei-me de boa de ter a companhia do canito. Mas, por outro lado, o canito tem o meu diminuito. LOL :S

Esta coisa de dar nomes de pessoas aos animais, não está a dar com nada, pelo menos hoje...

Abraço