É verdade que vivemos numa sociedade cada vez mais materialista. Os Valores, a Ética são palavras que apenas ilustram as páginas nos dicionários.
Já faz muito tempo, que este paradigma de sociedade que deveriam haver ter apenas dois pilares, ou seja:
Um pilar seria o Poder Politico, que toma as decisões sobre as leis e sanções. Um poder politico que poderia ser muito bem igual à Suiça, onde todas as leis são submetidas a um referendo;
Por outro lado, deveria existir um pilar da Ética, onde cada pessoa saberia o que são os Valores mais importantes.
Estes dois pilares, deveriam "controlar" o Poder Económico e não ser este a "controlar" estes dois.
Aviso que não sou comunista, mas irrita-me profundamente as pessoas falarem que não são materialistas. Quando na realidade vivem num condominio fechado, vestem-se com as roupas de marca mais caras do mercado, o carro é um topo de gama etc etc...
Pior é quando oiço na rádio, personalidades que deveriam estar era bem caladas, e afirmam que não entendem. "Como é que muitos portugueses preferem deixar de comer, para manterem o nível de vida".
Pode parecer uma contradição, mas não é. Eu entendo perfeitamente um casal que opte por poupar na comida e ter internet em casa, ter mais do que os 4 canais em casa, ter um telemóvel, ter um bom casaco, uns bons sapatos, fazer uma viagem por ano, mesmo que seja a crédito...
Imaginem um casal a ganhar 500 euros(ordenado minimo é mais baixo). A renda de uma casa ronda os 300 euros a 400 euros(estou a ser simpático).
Água, electricidade e gás dá mais 100 euros. Se não tiverem carro, olhem quanto custa dois passes.
O que é fazem estes dois senhores ao final do dia? Jantam e vão para a cama?
Vivemos é numa actual sociedade, onde as pessoas tem de recorrer ao crédito para comer, só que a realidade é que as pessoas não pedem 5 mil euros para irem ao hipermercado. Eu vivo sozinho e sempre que vou ao supermercado, deixo lá sempre 25 euros e não trago nada de jeito. A vida está carissima...
Enquanto não houver uma mudança de mentalidades e ajustar os ordenados à realidade dos preços. Cada ano que passa, estamos a aumentar a diferença entre os mais ricos e os mais pobres.
Vivemos numa sociedade que se está a hipotecar toda e um dia, alguém irá pagar esta factura bem cara.
"Reza" a história, onde há fome, há guerra...
Depois digam que eu não avisei, lol
8 comentários:
Concordo inteiramente com esta tua análise. Há sempre o que deveria ser, mas não é!
Quanto às coisas que podem parecer um luxo, na realidade não são. A evolução da sociedade não foi, de modo nenhum, acompanhada com a das mentalidades.
Eu gostava que aqueles que pagam salários de miséria fossem obrigados a viver duas semanas com 400 euros. Já nem digo um mês, coloco a fasquia bem cá mais em baixo.
Não discuto os ordenados porque existe realmente muita injustiça. Mas também falta muita educação financeira aos portugueses.
Já dizia a minha avó: "não dês um passo maior que as pernas" ;)
Olá Tonzhi, obrigado pela tua visista,
A verdade é que a mentalidade do ser humano é mais limitada que a velocidade das novas tecnologias.
O que provocou por um lado uma grande ansiedade no ser humano, de quer conhecer, ter, poder tocar. E, nasceram as "necessidades" que até então, não existiam...
Abraço
Olá Blog Liker,
É a mentalidade do sul da Europa, mas o patrão português, só conhece o seu bolso e da sua familia. Quanto mais ganhar, mais "esperto..."
Abraço
Olá Speedy, e é bem verdade, a minha avó também dizia o mesmo :)
Mas, também dizia:
Francisco: Todos os dias coloca duas moedas numa caixa, e ao Domingo tiras a moeda mais pequena, para as pastilhas(eu sou do tempo de duas pastilhas da gorila a 2,50 dois escudos e cinquenta centavos).
Infelizmente deixámos de ser um país de analfabetos, porque estes estão a morrer...
E, passamos a ser um país de ileterados. A "culpa" é de quem?
Temos bens que são demasiado "caros", para um ordenado em Portugal.
Abraço :)
Eu também não sou comunista, mas confesso que me sinto totalmente revoltado com certas situações em que a sociedade portuguesa está segmentada.
A classe rica, que existe e prospera, não olha a meios para enriquecer cada vez mais, mas fala dos "outros" com aquele ar de comiseração que me enraivece, porra!
E mesmo, na questão dos cortes dos salários dos funcionários públicos, eu que não os defendo, também me custa ouvir certas pessoas em situações de topo de carreira, lamentar-se de que recebem menos 300 ou 400 euros por mês; quem me dera a mim, poder queixar-me do mesmo.
Alguém viu o salário reduzido, ganhando menos de 1500 euros?
Tomara eu ganhá-los, porra!
É uma vergonha
Abraço amigo
Enviar um comentário