Quando a Maria me informou de que estava a namorar com um negro. É verdade que fiz uma cara de espanto, e ela perguntou-me: - Que espanto é esse?
A verdade é que eu tive uma educação, não propriamente numa familia negra. Mas, o meu pai esteve na Guiné(guerra do ultramar) e durante muitos anos eu fui a convivios de ex-combatentes.
Claro, que só mais tarde é que percebi. Aqueles jovens por terras de África, na idade em que as hormonas apertam e de que forma...
O preservativo como método contraceptivo não era muito conhecido, quanto mais usado. Não me admirava em nada que eu pudesse ter um/a irmão/ã ou vários, pois não sei o números de vezes que o meu pai foi "conhecer" jovens negras.(O meu pai só conheceu a minha mãe, um a dois anos mais tarde, depois de ter regressado.
Na escola, só quando fui para o secundário é que tive os primeiros colegas negros. Eram colegas com algumas dificuldades, mas que ao olhar para trás, estas dificuldades eram "normais", pois em casa falavam "criolo" ou um outro dialecto do país deles. O mesmo problema se coloca com os filhos de outros emigrantes...
Na faculdade, é que notei mais as incompatibilidades entre os negros, mas de países diferentes ou regiões diferentes. Já muitos livros, referem que os negros são mais racistas do que os brancos. Para mim é como tudo na vida. Onde existe pessoas boas, existem pessoas menos boas.
Na faculdade tinha uma colega a Denise. Ela é Angolana e super negra. "Preta" mesmo. Ela lidava muito bem com o facto de ser "Preta", pois dizia que na escola, nunca tinha aprendido a cor negra. E que sempre ouviu o pai a dizer. A noite está preta ou escura.
Um dia numa aula de ciências sociais, onde se falava de culturas e modos de vida. Ela interrompeu o professor e disse:
- Professor, se o professor for pela rua abaixo a correr. Todos dizem que o professor está com pressa para ir apanhar o autocarro. Mas, se for eu a correr. Todos vão dizer, olha aquela "preta" já roubou alguma coisa...
Houve um silêncio na sala, e desde desse dia, sempre que vejo alguém a correr. Lembro-me sempre deste comentário da Denise.
Eu e a Denise para além de sermos colegas de faculdade, também ficámos muitos amigos. Depois de concluir o curso, foi para Londres trabalhar para uma agência de viagens, por lá casou e teve filhos e como é normal, as pessoas vão perdendo o contacto. Mas graças ao "facebook", voltámos a teclar...
Eu nunca tive um grande desejo por negros. Reconheço que muitos deles tem um corpo muito bom. Muitos deles tem um rabo espectacular e que não me importava nada de ir lá experimentar aquilo. Quanto a pilas muitos grandes, também não fazem muito o meu género. Gosto de pilas médias, mas uma queca por queca, não digo que não...
O namorado da Maria(ainda não pedi autorização para colocar aqui o nome dele), quando um primo dele casou com uma branca. A família dela, quase a colocou fora de casa. Anos mais tarde, as tias, primas, amigas, todas as gajas, ao verem um rapaz tão doce, meigo e romântico. Muitas vezes perguntam-lhe: - Ele não tem um primo, irmão, amigo disponível?
Parou, se é para pedir. Aqui estou eu também na fila. Já tirei senha...
Se és ou conheces um rapaz interessante, meigo, doce, romântico e...; podes lhe dar o meu contacto...
1 comentário:
Não vou falar de racismo(s), mas apenas pegar numa ponta do teu texto. Como o teu pai, também eu estive na guerra colonial, na Guiné e depois em Moçambique e posso afirmar-te que uma percentagem muitíssimo elevada da tropa que ali esteve, em todos os cargos, pelo menos de capitão para baixo, tiveram relações homossexuais, o que não implica que se tivessem tornado homossexuais, mas o curioso ,e que tenho muito pouco conhecimento dessas relações com homens negros, que até são muito pudicos com o seu corpo, não o expondo como os brancos faziam; e eu sei o que digo pois comandei uma companhia da guarnição local, em Moçambique, em que entre 200 homens, apenas 20/30 éramos brancos.
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