26 agosto 2010

Eurovision 1991 France

Adoro esta música. Deveria ter ganho esse ano o festival da canção, apesar de ter gostado muito da nossa representação "Lusitania Paixão". Nunca iremos ganhar o festival, mas isso será outro tema para um outro dia.

Ao longo dos anos, eu sempre ouvi dizer por familiares, amigos, amigos de amigos, de colegas de escola e mais tarde por colegas de trabalho, que os namorados passavam e que os amigos ficavam...

Será que é assim, mesmo?

Hoje de manhã, estava eu no meu intervalo a beber um café. Quando me surge ao meu lado, uma colega da minha formação:

Colega: - Queres trocar de contacto?

Francisco: - Para? Deves é pedir os contactos da chefia...

Colega: - Poxa, sabes o que é um começo de uma amizade?

Francisco: - Sei. Agora estou aqui a beber um café contigo. Amanhã, já nem sei quem tu és...

Colega: - Como assim?

Eu não almoço com colegas de trabalho nos primeiros dias. A vida ensinou-me que muita confiança de ínicio, mau resultado no final.
Para mim, as coisas tem de irem surgindo com naturalidade. Temos de encontrar afinidades e gostos em comum com a pessoa com estamos a travar conhecimento.
Eu não faço, nem nunca fiz coleção de contactos de telemóveis e muito menos de endereços de msn. Enatão, eu vi a pessoa duas a três vezes e já estou a expor a minha vida toda? Respeito quem o faça, mas eu não sou assim.

Nunca tive 5 mil amigos no hi5, e muito menos adicionar amigos para poder aumentar os níveis no farmville do facebook. No meu facebook, só tenho pessoas que eu conheço pessoalmente. Nunca fui de grandes redes e de grandes contactos.

Já tive a minha dose, quando "frequentei" o club do "tupawere" na cidade universitária. Onde todos conheciam todos e muitos dos moços já inventavam cada coisa acerca de outros. Muitas das vezes, eram mentira.

Gajos com mentalidade de gaja e que deveriam ler um livro muito fixe: - "Descobre a cabra que existe dentro de ti"...

Também sempre ouvi os maiores disparates, acerca do que se considera um amigo de um conhecido. Ora, um amigo é um amigo e um conhecido é um conhecido. Sabem o que é um dicionário? LOL

Creio que os amigos são como a teoria de Maslow (Quem não souber quem é este senhor. Faça o favor de procurar no google. Não se vão arrepender do tempo dispendido).

Este senhor fala numa piramide de necessidades que o Ser Humano vai tendo ao longo da sua vida. Começa pelo degrau das necessidades básicas(comer, foder, beber) e vai até a Auto-Realização. São 5 patamares, onde o Ser Humano, pode não sair do primeiro ou segundo patamar. Como pode chegar ao último e voltar para baixo e voltar para cima, consoante as suas necessidades do momento.

Ora, os amigos entram aqui, exactamente como companheiros em cada um destes patamares, podendo acompanhar o Individuo até ao último patamar ou ficar pelo primeiro mesmo.

Ou seja, no primeiro patamar temos as necessidades básicas. Aqui temos os amigos para irmos beber copos, irmos às putas ou foder mesmo, ou para as almoçaradas e jantaradas...

Depois, quando subimos de patamar, já temos a necessidade de ter uma casa. Logo entram aqui os amigos frequentadores de nossa casa, do nosso espaço.

Depois temos o patamar da realização profissional, e entram os colegas que queremos que nos valorizem profissionalmente e até jogamos ténis ou golf ao fim de semana.

Depois temos o patamar de como os outros nos veem e como nós os queremos por perto.

E, por fim temos o a nossa auto-realização. Na vida temos tantas, quer seja a nível escolar, quer a nível profissional ou outras que nada tem a ver com estas...
Cada um é como cada qual; e, gostos e sabores não se discutem.

Frase na estação do metro:

- A arte não é uma opinião, mas sim um conhecimento.

Para a rapariga não ficar muito triste, lá lhe dei o meu número. Enfim, o sonho dela é ter-me como amigo e ainda não tinha descoberto...

Peço permissão aos meus dois seguidores e que deixaram um comentário no post anterir:

Blog Liker

Este meu trabalho requer muita paciência e dava uma tese de doutoramento na área do social que nem calculas.
A maioria das pessoas no seu mais intimo são muito agressivas. Podemos ver a nível de chamadas de telemarketing e então no trânsito. Estando sozinhas ou com amigos. Meu Santo, são mesmo "casca grossa"...

Em qualquer chamada de telemarketing/publicidade as chamadas estão a ser sempre gravadas. Porque nos dias de hoje, as empresas para reduzirem custos contratam "call centers" para o seu apoio ao cliente. Eu faço campanhas para 3 empresas diferentes. Só tenho de ler o script que me cai na frente...

Em todas elas, estou a referir-me às campanhas de outbond(a empresa contacta o cliente), todas elas tem requesitos especificos e só ouvir com atenção e escolher:

- Dizer que já é cliente, já subscreveu o produto(ninguém pode ter o produto/serviço em duplicado). Certo?

- Dizer que é menor(os menores não tem voto na matéria).Certo?

- Em produtos financeiros, dizer que se tem o nome no banco de Portugal. Ajuda?

- Dizer que está desempregado e que não usufrui de qualquer rendimento. Alguma empresa vende algum produto ou serviço a quem já afirmou que não pode pagar?

Pinguin

O sms não me incomodou nada, apenas revelou o que eu já desconfiava. Que um gajo sem carro, é um incomodo e pode prejudicar uma foda.
A ausência do Joseph já me levava a pensar, isso mesmo. O facto de me terem enviado o sms, também mostra que o nosso "mundo gay" é bem lixado...

Para finalizar, para mim, um namorado é um amigo, um pai, um irmão... Aquele que supostamente está ali para nos ajudar e apoiar. Eu não fodo com os amigos(bem, a modos que depende do amigo e)...

Tenho amigos de quecas; amigos que só os vejo nos meus aniversários; amigos que só nos vemos de tempos a tempos e quando nos voltamos a re-encontrar é como se tivesse sido ontem. Tenho amigos muito diferentes uns dos outros e sim, posso dizer que sou um priveligiado. Quando preciso deles a bem dizer, aparecem sempre alguns. Não sou daqueles que diz que só tem um ou dois amigos e que é muito feliz...

Cada um é como cada qual, mas como dizia a minha avó: - Só temos duas amigas. A nossa mãe e a nossa barriga...

3 comentários:

Blog Liker disse...

Concordo contigo. Por base, deveremos ter a noção de que o trabalho é um mundo cão. Tudo o que depois puder contrariar essa tese e nos surpreender pela positiva (num contexto laboral, claro está), será bem-vindo. Eu, pelo menos, penso assim. Tenho uma amiga que diz me sempre: a vida pessoal fica à porta do trabalho! Abraço.

João Roque disse...

O escalonamento das amizades é um facto e ninguém o pode negar.
Claro que acima de tudo está a diferenciação entre amigos e conhecidos, que muita gente confunde com frequência.
Mas, mesmo dentro dos chamados amigos há diferenças: amigos de infância e com os quais passámos momentos importantes da nossa vida, podemos estar separados muito tempo, mas num reencontro, é como se nos tivéssemos separado no dia anterior.
Depois há o núcleo duro, aqueles que sabemos que estão sempre lá quando precisamos e que não tendo que ser apenas meia dúzia, raras vezes ultrapassa a dúzia.
Finalmente os outros amigos, aqueles por quem sentimos uma gradual afeição e que vamos conhecendo melhor, mas sempre com naturalidade.
Qualquer amizade, para ser real, tem que ser gradual e acima de tudo natural.

Francisco disse...

Olá Blog Liker, obrigado pela tua presença e pelo teu cometário. É verdade, comigo os meus problemas ficam sempre à porta do trabalho, mas às vezes é difícil. Reconheço isso...

Abraço

Olá Pinguim, obrigado pelas tuas palavras e pela tua presença assidua, aqui neste meu canto.

Roma e Pavia, não se fizeram num só dia...

Abraço