Num destes sábados fui com a minha amiga Maria até ao Forum Montijo. Fomos ao cinema, aproveitamos para falar acerca de tudo. O Ruben foi dos temas mais falados nesse dia. Porque será?
No final do dia, quando estávamos a sair para cada um seguir para as suas respectivas casas. Dirigi-me à florista e comprei uma rosa amarela com arranjo incluido. A Maria pensava que a rosa fosse para o Ruben.
Quando me aproximei, dei-lhe um beijo na face e entreguei-lhe a rosa. O rosto mudou por completo, estava emocionada e mais tarde partilhou comigo que nunca tinha recebido uma rosa de um gajo, excepto de um primo e que já fazia muitos anos.
Como é possivel? Que uma gaja não receba flores de um namorado, companheiro, marido, amante. O que seja...
Eu que já referi que sou um romântico. Tanto adoro oferecer, como receber prendas. Não é pela importância material que representam, mas sim pelo lado significativo da coisa, ou seja, no fundo que parámos um pouco a nossa vida e apenas mostrámos à nossa cara-metade que nos lembrámos da pessoa de quem nós gostamos e que escolhemos para estar ao nosso lado.
Eu vejo as coisas desta forma...
Tenho a noção de que vivemos num mundo cada vez mais material, onde o que importa é o que temos e que possamos mostrar e não os nossos sentimentos. Afinal os sentimentos não pagam as contas ao final do mês.
Também é verdade, que as pessoas tem um carro por 4 anos; um sofá por dois anos; um LCD por um ano e meio; um relógio por um ano; um micro-ondas por seis meses, uma camisa por apenas uma estação, e assim sucessivamente... Porque havemos de ter um namorado por mais tempo, se podemos ter um gajo diferente a cada dia que passa ou a cada hora?
No entanto é mais fácil despachar um namorado com uma mensagem, com um mail ou com um simples adeus, do que levar os bens lá casa até ao caixote do lixo.
Mas o mais giro de tudo isto, é que a grande maioria dos rapazes com quem já estive e quando se aborda o tema ex-namorados, falam:
- Da perca dos quadros, porque um pagou mais;
- A gasolina que se pagou para levar o outro a não sei onde;
- O custo das férias e os hóteis caros;
- Os restaurantes onde o outro gostava de ir;
- Etc.Etc...
Muitos poucos, para não dizer escassos, foram os que referiram as saudades dos beijos antes de adormecer e depois de acordar. As saudades do dormir agarrados nas noites frias, as surpresas feitas quer por um ou pelo outro. As saudades de ir até à beira mar ou simplesmente fazerem um piquenique a dois.
Confesso que não gosto muito de ser "lenço de papel" ou reviver o passado, para isso vou a um museu...
Mas se no entanto, se estou a conhecer um rapaz gosto de saber o que ele pensa e o que é para ele o amor, o estar numa relação, entre outra coisas...
2 comentários:
Pois eu, que de inocente, ao longo da minha vida, nada tive, posso dizer-te que, com a idade, a poeira vai assentando e cada vez os encontros fugídios se tornaram mais frustrantes e a tendência para as ligações permanentes se acentuaram.
Das que tive, não muitas decerto, guardo sempre algo de positivo e até algo que me dá base de sustentação para uma outra.
Há quase 5 anos que mantenho uma relação à distância, que não é fácil, mas é dia dia mais feliz. E acho que não quero mais nada...
Obrigado pela tua visita assidua, aqui ao meu canto...
Sabes que ao longo destes anos, sempre ouvi que se as relações são à distância, não resultam pela ausência dos carinhos, afectos...
Se estão pertos, é pelo enjoo de se verem todos os dias.
Dá vontade de dizer: - Decidam-se...
Quando se ama de verdade... Nada importa.
Tudo é ultrapassado...
E com a quantidade de possibilidades, msn, facebook, viagens da vueling,basta querer e isso é que é o mais importante... Digo eu...
Forte Abraço
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