Não soube nada do Ruben nos dias seguintes, pois não atendia as minhas chamadas e nem tão pouco respondia aos meus sms.
Pensei que tivesse acabado e que tudo aquilo que tinha existido entre nós não tenha passado, apenas de um sonho.
Na quarta-feira de manhã ligou-me com uma voz super meiguinha, deixou-me sem palavras.
Eu: - Ainda te lembras de mim?
Ruben: Não sejas tonto, tive tantas saudades tuas. Queres ir jantar lá a casa? E podemos dormir juntos se quiseres.
Quando cheguei a casa dele, tudo estava preparado e com muito estilo. Fui recebido com um flut de champanhe onde tinha um morango. O jantar foi bacalhau espiritual, acompanhado por um bom vinho branco fresco de Borba.
A conversa foi muito animada, não havia momentos de silêncio e dava a impressão que o tempo tinha parado.
Ruben levantou-se, veio ter comigo, pegou na minha mão e deu-me um beijo e levou-me para o sofá. Beijámo-nos até que as nossas roupas estavam todas espalhadas pelo chão. Ali estavamos nós os dois como viemos ao mundo nos braços um do outro.
Sentia o meu coração e o dele quase a esplodirem, eu e ele eramos só suor. Ali estava todo o nosso amor/paixão e ninguém o podia negar. Ruben só dizia que me desejava cada vez mais e mais...
Durante a noite, acordo com uma campainha a tocar e o barulho de alguém a bater à porta. Não dei muita importância pois não conhecia o toque da campainha. lol
Não demorou muito tempo, para além do barulho da campainha, do quase deitarem uma porta quase abaixo, quando começei a ouvir o nome Ruben....
Não queria acreditar no que se estava a passar, sei que o Ruben foi abrir a porta, e ao faze-lo só ouvi: - Puta, já tens um gajo na cama. Quem é ele? Eu conheço-o?
Ruben: Não conheces e vai-te embora, falamos amanhã
Eu, ali deitado. Só pensava no que estava a passar-se e a pedir que o outro não entrasse, pois já tinha visto aquele filme, há ja alguns anos atrás, quando o mesmo aconteceu comigo. Só mudam os nomes e as moradas. As histórias com mais ou menos uma virgula são todas iguais.
De repente acende-se uma luz, e vejo a cara do pobre rapaz a olhar para mim. A minha cara deveria ser de compaixão. Afinal eu não tinha culpa, eu para ali estar, alguém teve que me abrir a porta.
O rapaz fecha a porta do quarto, os gritos acabaram e só oiço a porta da rua a fechar-se. O Ruben volta para a cama, abraça-me e apenas me segreda ao ouvido:
- Desculpa...
Antes de adormecer, dei comigo a pensar que o universo quando quer que saibamos alguma coisa, apenas nos coloca no local certo. Se somos capazes de ver/ouvir e/ou sentir, já é algo que depende de pessoa para pessoa.
Eu não sei se deveria ter pena do rapaz, afinal eu estava ali na cama com o (ex)namorado dele. E eu amava ou amo aquele com estou na cama.
Será que estou a ver o que me poderá acontecer daqui a uns anos, se eu passar a ser o oficial?
2 comentários:
mas o Ruben foi o teu primeiro....???
E onde é que ele tá agora?
E já agora: alguma vez conheceste gente sem ser por sites ou bares ou sítios próprios para encontros, tipo ao «natural»??
Fernando,
Estás bem? Leste bem?
Lê melhor este canto, aqui encontras tudo o que perguntas :)
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