Belém 5 - Antonio Variacoes "Cancao Do Engate"

É verdade, depois de ter encontrado o meu suposto namorado a foder com outro. Decidi não ter ninguém nos próximos tempos. Se naquela altura, eu era defensor de que os namorados deveriam contar tudo um ao outro. Aos dias de hoje, creio que "olhos que não veem, coração não sente". Acreditem que não é fácil esquecer e muito menos voltar a acreditar nessa pessoa. Anos mais tarde, encontrei o meu outro namorado na cama com outro. Acreditem que isto de ser corno, e ser o último a saber, não é nada fácil de gerir e muito menos de digerir...

Voltemos ao ano de 1994, era eu um jovem ainda com 23 anos, completamente "naif" neste meio. Agora vem as minhas histórias mais engraçadas que eu tive até aos dias de hoje. A muita gente, a quem eu já as contei, pensa que eu estou a inventar Como já estou habituado a tais pensamentos, não me admira nada que surja mais uns quantos anónimos a dizerem que eu estou a delirar e a mentir.

1ª HISTÓRIA - REALIDADE
Estava uma noite muito amena, não me recordo o mês ou a época do ano em que aconteceu. Sei que estava uma noite quente, pelo que aconteceu a seguir.
Eu tinha chegado a Belém, talvez por volta das 22h30m, estacionei o carro junto ao rio. Quem vai para a estação fluviar, entra na recta e vira à direita. Exite ali uma especie de parque de estacionamento, onde costuma haver pessoas a pescarem(pescadores). Existiam outros "pescadores" que utilizavam outro tipo de "minhoca".

Do nada, surge-me uma personagem mais ou menos com bom aspecto, que se aproxima do meu carro, acena e sugere que eu abra o vidro da janela.
Eu com algum receio, abro um pouco a janela e digo:

Francisco: Boa noite! Posso ajudar?

Gajo: - Anda a passear? Não quer companhia?

Francisco: - Só se fosses policia!

O rapaz coloca a mão ao bolso, tira um objecto e mostra-me o distintivo da policia. E, diz: - Sai cá para fora, falamos aqui um pouco.

A medo sai do carro. Começei a receio a conversa. Não me recordo muito bem do que aconteceu a seguir, quando dei por mim, tinha parado um outro carro ao meu lado, saiu de lá outro rapaz. Começamos na conversa e acabámos os 3 na praia de Algés a foder. Ali esava a minha primeira ménage a trois.
Encontrei o policia há cerca de seis meses na cidade universitária com o namorado. Tem uma relação aberta, e já estão juntos há ano e meio. O Outro rapaz encontro-o sempre no bar 106, está de momento sózinho. Soube que ele já voltou a estar com o policia por diversas vezes, e com este actual namorado do policia. Sempre o encontro no 106, a nossa conversa começa sempre por: "Lembras-te em Belém?"

Confesso que aos dias de hoje, prefiro estar numa mánage a trois, do que a dois. O motivo? Simples! Não há beijos, não há grandes conversas, um Ciao, ou um fica bem são as únicas palavras proferidas na despedida...