Rogério enquanto tomava banho, recordava todas as recomendações de António. Um passo em falso, e voltaria a dormir num banco de jardim.
António trabalhava num pequeno hotel, e como era emigrante. Tinha direito a um quarto com uma mini casa de banho. António acordava cedo para dar ajuda nos pequenos almoços. Depois subia para fazer as camas, e depois descia para lavar a loiça.
A tarde era repartida entre o hotel e a cozinha do restaurante dos mesmos donos. O restaurante ficava a três quarteirões de distância.
À noite, era igual. Cozinha de hotel e cozinha de restaurante. António começara a ganhar mil e quinhentos euros só para lavar pratos...
António terminava muitas noites no bar do hotel na conversa com os hospedes. Regra número 1, nunca dormir com um cliente...
Rogério veste-se com roupas que o António lhe emprestara. António iria ao restaurante apresentar Rogério aos patrões com o intuito de eles darem emprego a Rogério.
De regresso a casa, Rogério não se cansara de agradecer a oportunidade que António lhe dera e que iria respeitar as duas regras que António lhe impusera: "Não dormir com clientes, e nunca dizer a ninguém que foi António que o ajudou. Melhor, nunca divulgar o rasto de António para ninguém...
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