03 julho 2010

Viagem ao Porto

Depois de ter estado com o Ruben, não soube nada dele durante dois dias. Apenas trocávamos um sms por dia. Na quarta feira de manhã, recebo um chamada:

Ruben: - Olá Francisco, vou amanhã para o Porto e podes vir comigo se quiseres.

Francisco: - Desculpa!

Ruben: - Vai ter comigo ao final do dia ao Vasco da Gama, e não aceito desculpas...

Ao final da tarde, seguimos no carro dele para o Porto. Pelo caminho, ligou a um amigo a perguntar por um restaurante simpático para levar um "amigo".

Jantámos deliciosamente bem, a sugestão dada do restaurante e do que comer foram um must.

Estávamos encantados um com o outro. O brilho nos nossos olhos não o poderiam negar e as coisas que deixávamos cair sem querer, mostravam algum nervosismo de ambas as partes. O sonho não era só meu.

Seguimos viagem e sou informado de que o Ruben tem uma relação aberta. O meu cerebro parou ali naquele instante. Nunca tinha ouvido falar de relações abertas. Conhecia amizades coloridas entre amigos. Agora relação aberta, nem fazia a minima ideia do que ele me estava a dizer. Apenas registei que o namorado ia dormir com quem queria e ele também. Nada de satisfações.

Só que agora era para acabar, que ele estava farto daquela situação, mas que eu não "afugentasse a caça".

Quando chegamos ao hotel, ele sugeriu que fossemos beber uma bebida ao bar do hotel para nos conhecermos um pouco mais.

Fomos para o quarto, quando o que queriamos era estar juntos um com o outro e sem roupas. Durante o contacto dos corpos suados, só ouvia:

- Francisco.... Que bom... Quero-te só para mim....Onde andaste este tempo todo....

De manhã, o Ruben foi trabalhar e eu fui passear pela cidade do Porto. Fui ver o quartel onde fiz o serviço militar. Está a cair aos bocados.......

Fomos almoçar a um restaurante muito agradavel junto ao rio. Que vista linda para o Douro. Sentamo-nos na esplanada e os nossos olhos vibravam, que até os empregados perceberam que nós estavamos juntos e que estavamos apaixonados.

Foi sol de pouca dura,o regresso para lisboa foi em silêncio. O Ruben estava nervoso para chegar a lisboa. Cada quilometro parecia o afastamento das nossas almas. O silêncio era de morte. Eu até estava com medo de perguntar alguma coisa. Até que ele disse: - Tenho que ir para casa porque estou preocupado com a minha mãe.

Nada daquelas palavras faziam sentido. O modo como disse e não me olhou nos olhos. Conclui que só poderia estar a mentir.

Chegados a Lisboa, despedimo-nos com um abraço e um até logo

Nessa noite não soube nada dele e a única musica que passava na rádio era:

"Alone" cantada pela Celine Dion

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