Quando Thiago estudou Sociologia há muitos anos, ficou com poucas luzes acerca do Suicídio. O que levava as pessoas a porem termo à vida. Há tantos estudos e livros que Thiago não se atreve a fazer o resumo num só parágrafo... As pessoas adoram escrever, escrever, escrever e no final todos acenam que sim, mesmo que não tenham percebido nada... Se for numa plataforma tipo facebook, coloca-se um like e ficamos todos contentes...
Há pessoas que entram em depressão, porque tiveram uma negativa num teste, porque falharam um desafio que era importante para eles, porque a relação terminou, porque ficaram sem emprego, porque tiveram um filho, ou porque perderam um filho... Enfim, num parágrafo não dá para dizer tudo...
A grande maioria das pessoas fica de cama, pela quantidade de comprimidos que tomam ou como aconteceu com Thiago, perdeu a noção do tempo...
Alguns amigos afastaram-se porque não entenderam as vezes que Thiago estava com vontade de tudo e horas depois estava de cama a dormir.... Perdera a noção do tempo... Quem nunca a perdeu, é algo que é muito complicado entender... É como explicar as cores a um cego +/-
Talvez os jogos de soduku que ele fazia nas viagens de casa para o trabalho e vice-versa, a criação de rotinas com horários estipulados, muito sexo, o sexo ajuda muita coisa...
Não dá casamento, mas deu outros frutos... E com menos dores de cabeça eheheheheheh
Infelizmente muitas pessoas abandonaram Thiago quando ele mais precisou... Poucos se importaram se ele estava mal ou bem . Agora muitos ficam fodidos da vida por perceberem que ele continuou com a sua vida...
Ele ficou a saber quem é importante, que nunca foi, que foi e já não é; e, quem será para sempre
6 comentários:
Abordas um tema bem real! Estou a ajudar a minha filha a combater a depressão. Se não fosse Eu quem seria? As visitas só levam más energias! Outras afastam-se! Gostei
Não sou o que não quero ser. [Poetizando e Encantado]
Beijos, e um excelente dia!
A depressão e o suicídio são dois temas bem delicados. Existe muita confusão na cabeça das pessoas. Existe quem ache que o suicídio é para fracos. Existe quem ache que quem tenta mas não consegue não teve coragem ou simplesmente quer chamar a atenção.
O mesmo para a depressão.
Muitas das pessoas sofrem depressões e nem sabem. Outras sofrem e sabem que sofrem, mas tentam esconder. Outros sofrem mesmo e as pessoas percebem. Afinal, tal como na questão do suicídio, existem mil e uma teorias. As pessoas pura e simplesmente não compreendem que cada pessoa é diferente e aquilo que me afecta a mim, pode não afectar a ti e vice-versa.
Vai muito da personalidade de cada um, da maturidade emocional, da tendência genética e por aí adiante.
Eu sou melancólico por natureza. Entro em quadros depressivos grandes e profundos com alguma frequência, por muitas razões. Tempos houve em que coloquei a minha vida em risco e tentei o suicídio. Já passei momentos francamente maus e difíceis e tive de os enfrentar sozinho. E não foi fácil. Nunca é fácil. Aprendemos a viver um dia de cada vez. Aprendemos a colocar objectivos mais fáceis de concretizar e pelo menos eu faço por me estimular, para me animar, procurando encontrar algo de bom naquilo que me rodeia.
Nem sempre é fácil.
Este Verão foi um verdadeiro tormento. A minha cadela ficou doente em Julho e apesar de todos os esforços, idas ao veterinário, cuidados, ela morreu nos meus braços no domingo, cá em casa. Sofreu de um enfarte cardíaco fulminante.
Foi muito doloroso dizer-lhe adeus. A minha avó está de rastos. Eu também. Ter que le´va-la e enterrá-la numa das florestas que percorríamos juntos foi a minha derradeira homenagem a esta companhia e companheira de tantos anos. Custa-me ainda a crer que em Maio passado, quando tirei as últimas fotografias a ela, ela estava cheia de vida e forte. Quando partiu, estava praticamente pele e osso, porque recusava-se a comer. O pouco que comia, acabava por vomitar horas mais tarde. Foi muito dificil acompanhar este percurso.
Sempre tive cães. Já tive de dizer adeus à Lassie (já existia antes de eu nascer), ao Pirata (morreu de velhinho), ao Pluto (que tinha um tumor e tive de o mandar abater no veterinário), a Patinhas (que fugiu uma vez que a deixamos em casa de amigos e nunca mais a encontramos) e agora a Luna, que nós adoptamos depois da minha avó se ter queixado e refeito do luto pela perda da Patinhas.
Com a Luna tinha uma relação especial. Ela entendia o que eu lhe dizia, tal como os outros, mas nós os dois partilhávamos uma cumplicidade que não tive com os outros cães. Já tive ganas de ir ao local onde ela está e desenterrá-la, só para a poder ver de novo. Tenho de contentar-me com as fotografias.
Ainda me faz confusão chegar a casa e não a ver. É tudo muito recente ainda. Decidi que não vou apressar o luto. Todos dizem-me "tens que ser forte..." ou "a vida continua..."
Sim, eu sei disso. Mas isso não atenua a dor e a saudade, não é? Na escola devíamos aprender como lidar com a dor, com a perda, como cuidarmos mais e melhores daqueles que amamos, para que quando chegue a hora derradeira, todos possamos partir em paz.
Abreijos
Magnífica reflexão rapaz. Passei por muitos momentos difíceis na vida mas esta perspectiva nunca se fez presente. Imagino o grau de sofrimento que um ser tem que chegar para, ao menos, cogitar algo assim.
Beijos
Cidália Ferreira
Mãe é mãe :)
Beijinhos e rápidas melhoras ;)
João
Arranja um outro canito rapidamente, ajuda imenso ou um gato :)
Grande abraço
Paulo Roberto
Não é fácil, viver... Há períodos que não me recordo de 2007 para cá... Muitos dizem que estou estou a inventar ou a mentir... Que dizer? Optei por estar calado
Cá só para nós, muitas vezes recorro a este canto para me lembrar do que passei em determinado mês, ano, semana, período ehehehehehehehehhe
Grande abraço
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