Descobri ontem à noite, que eu sou retrógado e que os meus ideiais já não se utilizam, nem são praticados...
Impressionante, como os valores "mudam", ou melhor se transformam em apenas em uma década e meia, duas décadas...
Ontem à noite, acabei por ir até casa do Gonçalo. Estar um pouco com ele, dar-lhe algum "apoio", mas depressa percebi que para além da minha presença, estavam lá uns quantos amigos. Rapazes e raparigas...
Acabámos por ficar na sala, inicialmente era para vermos um filme. Colocaram um filme quaquer, que depressa o tema acerca do "joelho" e do treinador foram os temas centrais.
Em Bem da verdade, se diga: "Quando a conversa desce de nível, sobe o interesse da mesma"
Fiquei a saber que para a geração dos vinte/vinte e poucos anos. A infidelidade consentida por ambos, pode fortalecer a relação...
Limitei a ficar calado, limitei-me a ouvir as mais diversas opiniões. Fiquei um pouco mais chocado com o consentimento dado por ambos, como se uma infidelidade fosse como ir "jantar fora".
Até ontem, a minha opinião é: Só vale a pena estar numa relação se ambos(quer seja um casal hetero ou gay), estiverem dispostos a construir algo, onde ambos estejam de acordo.
Sempre ouvi dizer, que por norma: "As pessoas só procuram fora, quando não tem em casa".
Ao longo da história, sempre existiu infidelidades, traições, orgias... Mas, também existiram relações duradoura entre duas pessoas(poucas, mas existiram e continuam a existir).
Dados recentes da última noite:
A) Não é saudável comer arroz com feijão muitos anos seguidos;
B) Ir procurar um terceiro elemento, é como ir jantar fora;
C) Cada um pode ir com quiser, desde que à noite durma juntos e façam amor/sexo sem preservativo. O preservativo é só para ser utilizado com os estranhos...
Depois de ter ouvido/escutado tudo com muita atenção. Já dizia a minha avó:
"Francisco! Temos dois ouvidos para ouvir mais e uma boca, para falar menos"
Fiz 3 questões:
- Se eu não quero comer arroz com feijão todos os dias! Que me serve ter um pacote de arroz e feijão lá em casa? Vale mais estar sozinho... Será?
- Se eu quero ir jantar fora muitas vezes por ano, mês, semana! Para quê levar lenha para a floresta?
- Se eu posso ir foder com quem eu quiser todos os dias! Para quê ter alguém a ocupar-me a cama? Ou a sala?
Momento de silênciso...
Gonçalo: - Eu prefiro que me digas que preferes colocar alguém no meio de nós, do que me andes a trair às escondidas...
Francisco: - Uhm!!! Então reformulando o que queres dizer. Queres que eu te seja LEAL, HONESTO, FIEL...
Gonçalo: - Francisco! Quero isso tudo e estás a ser demasiado RETRÓGADO
Qual é a parte da questão, que eu não estou a entender!!!! Alguém me consegue explicar por miudos, trocados, algo como se eu tivesse 5 anos... Obrigado
5 comentários:
Francisco, tenho 24 anos, não me considero de todo retrógrado, sou viajado, sou super open-minded, poucas são as pessoas que conheço que tenham uma mente tão aberta e disponível como a minha ( também não sou nem faço questão de ser modesto lol)e digo-te que o que ouviste nessa sala é-me chocante. A mim e a 99% das pessoas que conheço e com quem me dou. Jamais se compara a intimidade de alguém com feijão e arroz (há muitas posições, muitos apetrechos, muita imaginação), jamais a infidelidade ainda que consentida estabiliza e fortalece uma relação.
Acho que não se trata de ser retrógrado ou não, acho que poderá ser mais uma questão de maturidade afectiva/emocional.
Estou numa relação há dois anos e o meu feijão com arroz pode ser simples, mas é meu, fomos NÓS que o fizemos, o sabor é nosso, e sabe-nos muito bem.
um abraço
Faço minhas as palavras do Ima.
Tive durante anos uma "relação aberta"; funcionou tudo muito bem, excepto algo muito importante: o sexo, que durou 6 meses e depois acabou.
No entanto, continuámos a relação, com a convicção de que a fidelidade está na cabeça de cima e não na cabeça de baixo.
Mas isto só funciona quando as cabeças de baixo já não se entendem...
Não, és tudo menos retrógrado...
Eu tenho 23 anos e concordo com tudo o que o "Meia Noite e Um Quarto" disse.
Enfim, estou chocado e não considero a traição saudável seja em que circunstância for.
Parece-me que o Gonçalo têm uns amigos com um parafuso a menos, é preciso é que não seja contagioso...
Abr
Não é uma questão de conservadorismo. Acho que acaba por ser uma questão de respeito. Conheço histórias assim, contadas na primeira pessoa, em que estão autorizados a ir "comer fora" ou pedir "take away" para comerem os dois em casa. As razões porque o fazem podem ser mais complexas do que daria para escrever e desenvolver aqui. Mas eu nunca aceitaria uma situação assim.
Meus caros Amigos,
Obrigado pelos vosso comentários, assim sinto-me que não sou o único que gosta de exclusividade...
Já dizia minha avó: - "Cada cabeça sua sentença"
O que importa é que as pessoas sejam felizes e que não levem "brindes" para casa, como:
- Chatos;
- Doenças urinárias,
- Sifilis,
- Ou até mesmo HIV...
Pois, cada um pode fazer o que quiser, com a "dita" autorização ou não...
Como diz o Pinguim, Pensem com a cabeça de cima e não com a cabeça de baixo...
Abraço
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